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LIVRO EM FORMATO DIGITAL

 

 

“Quando se fecha uma Porta, abre-se uma Janela em algum Lugar...” E.W.

As Portas são passagens para outros lugares, seja para outro cômodo ou para outro Universo! Sempre esteve na origem do Homem a segurança que a porta lhe dava, fosse contra o frio cortante até à alma dos Invernos gélidos, ou os ventos avassaladores que sopram da boca de algum gigante desconhecido, incansavelmente, como se quisessem derrubar todas as paredes existentes. Primeiro foram as grandes pedras que rolavam para impedir que os indesejados entrassem, ou para que os mais incautos saíssem, afinal o perigo está lá fora...

Depois veio a madeira, esta sim podia ser trabalhada e moldada da forma que melhor nos conviesse, desta feita nasceram as grandes portas dos palácios reais e imperiais que muitas das vezes precisavam de uma verdadeira horda de bárbaros para que pudessem ser manobradas, simplesmente abertas para darem passagem aos príncipes, ás princesas... Adornadas com os mais preciosos metais e esculturas, eram verdadeiras obras de arte, mas que na maior parte não sobreviveram ao tempo, porém, sua suntuosidade atravessou os séculos até aos dias de hoje.

Mas havia também as portas comuns, mais modestas, pertencentes á camada mais pobre que não gostavam de serem abordados de surpresa, ainda mais na calada da noite onde o perigo espreita silenciosamente na esperança de obter uma presa fácil e desprotegida dos males do mundo. Sua textura era rudimentar e que mais tarde seria chamada de rústica, não por motivos que fossem exóticos, mas pelo simples fato de serem totalmente trabalhadas à mão com a utilização das ferramentas disponíveis. Seu valor? Seria aquele que justificasse todas as horas trabalhadas ou não! Muitas eram feitas por amor à profissão como ainda hoje o são em diversos casos. Não existe dinheiro que pague a paixão de quem trabalha por amor.

A madeira por si só, também não representava o melhor da proteção contra o mal que todos faziam acreditar que um dia surgiria por detrás daquela proteção “intransponível”, com o passar do tempo, surgiram as portas de ferro forjado, aquelas em que o ferreiro dava o melhor de si malhando o Ferro Gusa como se quisesse fundir-se ao próprio elemento. Pontes levadiças foram construídas para a segurança dos castelos e de seus senhores, não necessariamente precisavam ser totalmente isolantes, muito pelo contrário, a ideia era que se pudesse ver através delas, mas que fossem eficientes na função de manter os “indesejados” do outro lado, ao alcance de uma lança com ponta bem afiada ou um flecha que pudesse ser disparada certeiramente no coração do inimigo. Sempre haverá um “Abre-te Sésamo!” para todos os que acreditam no tesouro atrás da porta...

O mundo caminhou e a sociedade com ele juntos criaram modelos que não serviam apenas de segurança permanente, como permitiam demonstrar o gosto aprumado de seus donos, com isso, popularizaram-se as que conhecemos hoje e que já não fazem parte da Idade Média, ainda que possamos nos lembrar com certa nostalgia ao visitarmos uma construção antiga, como castelos e mosteiros, que sem sombra de dúvidas detém os melhores exemplares da época. Mas para o Homem não basta ter e possuir uma porta que o mantenha em segurança permanente, acima de tudo, ela tem que ser convidativa e exatamente por esse motivo A Porta é e sempre será o cartão de visitas de qualquer construção.

Podemos saber e aprender muito com as portas que cruzam nossos caminhos de forma imperceptível, lembrando que “A beleza, assim como a loucura está nos olhos de quem a vê!” Espero que aproveitem com verdadeiro sabor a experiência fotográfica que se segue. E.W.

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Publicado 2017

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